REMINISCÊNCIAS DO CENTRO-OESTE MINEIRO

REMINISCÊNCIAS DO CENTRO-OESTE MINEIRO

Sobre este livro:

APRESENTAÇÃO

Ao escrever essa obra na qual conto casos, relatos, e fatos da história de algumas cidades do centro oeste mineiro não poderia deixar de render humilde, porém, sincera homenagem a Pitangui. A “Velha Serrana” como é carinhosamente conhecida, é a grande mãe dessa parte das Gerais. Conto um pouco de sua história na esperança de que nos irmanemos todos para honrá-la, preservando-a para as próximas gerações. Não só o governo pode e deve fazer algo, reparando com isso uma injustiça histórica, mas cabe a nós sociedade como um todo, nos mobilizarmos.
Defendo para Pitangui um desenvolvimento sustentável baseado no turismo histórico, rural e ecológico.
Bons exemplos como o do Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica poderia ser seguido pelas autoridades pitanguienses, não há demérito algum em seguir receita vitoriosa. Seria mais uma forma de apresentar a bela cidade aos turistas. Devo confessar ao leitor, que desde à época de estudante, algo me incomodava muitíssimo: Pitangui ser pouco citada nos livros de história. Ora, a diferença entre a primeira vila fundada Mariana (1711) e Pitangui (1715) foram apenas 4 anos!
O que acontecia nas outras vilas, com certeza acontecia também na Velha Serrana. Será que pesou o fato de Pitangui ser o berço da primeira revolta sangrenta mineira, contra os impostos? – Antes, portanto da revolta de Felipe dos Santos e da Inconfidência Mineira - E com isso a vila ter sido excomungada pela Igreja Católica? Por que entre a instalação da vila (1715) e a criação da cidade (1855) se passou tanto tempo? Afinal, foram 140 anos!!
Devo advertir ao leitor que sou apenas um contador de “causos”, um aprendiz de escritor, e em não sendo um historiador acadêmico, nem mesmo um grande pesquisador, não tenho compromisso com a exatidão dos fatos narrados. É claro que li, estudei, pesquisei, viajei muito, e contei com a ajuda de amigos, aos quais nunca me cansarei de agradecer, mas admito que é muitíssimo prazeroso ouvir e repetir as histórias contadas pelo povo. Sou fascinado por elas.
Existem algumas que são contadas de pai para filhos há décadas, outras há séculos. É o caso das histórias de D. Joaquina do Pompeu e Maria Tangará. Não há fatos concretos da propalada inimizade de ambas e nem mesmo que alguns fatos tenham ocorrido. Alguns historiadores entre eles, o meu amigo Gilson Campos defendem a tese de que elas nem mesmo foram contemporâneas. Mas o povo sempre contou suas histórias. Portanto, nos relatos, o leitor encontrará mescla da história oficial (dos livros e documentos) com precisão de local, datas, nomes de personagens, etc, e outras contadas por esse povo maravilhoso do centro oeste mineiro.
Já os casos, e relatos foram recolhidos aqui e ali nesse cantinho mineiro, pródigo em histórias.
Ouso recomendar que se faça a leitura desse livro, como se estivesse vivendo uma grande aventura.
Espero atingir o objetivo que é transportá-lo até a época dos bandeirantes e ao Brasil Colônia.
Quanto a Pitangui...
Ah! Pitangui...
É impossível estar em Pitangui sem se emocionar com a religiosidade e a força da musicalidade do seu povo. É preciso certo tempo para desvendar a cidade, seus mistérios, caminhar por suas bucólicas ruas convivendo com histórias e personagens do passado. Aliás, a cidade deixa em mim a gostosa sensação de volta ao passado.
Peço desculpas às demais cidades do centro oeste mineiro, por não ter tido a oportunidade de escrever sobre elas. Espero que todas se sintam representadas, homenageadas nas que têm suas histórias aqui contadas. Espero que aprecie a leitura (aventura).