Sobre este livro:
O cinema inserido no sistema de ensino formal nos faz refletir sobre sua função sócio-educacional. Qual o papel do educador frente a essa problemática? Como uma educação voltada ao olhar, a outras formas de se enxergar a realidade, pode contribuir para a emancipação cognitiva do educando? Esta obra procura costurar esse delicado tecido entrelaçando as aprendizagens significativas e tecendo os fios que constituirão as metodologias e sua aplicabilidade nesta malha entremeada de possibilidades e novos olhares. O cinema surgiu há mais de um século, com dois fotógrafos, os irmãos Lumière, na França, em 1895. Desde então, o cinema tem exercido um fascínio no público de todo o mundo, mostrando lugares inacessíveis a muitas pessoas, reconstituições dramáticas da história do homem e do mundo, animações computadorizadas etc. Cinema não significa, exclusivamente, entretenimento, diversão. Podemos aprender por meio do lúdico, que toca todos os nossos sentidos. A natureza pedagógica da linguagem cinematográfica promove uma verdadeira educação do olhar, pelo seu caráter imitativo da vida, do tempo, da memória etc. Portanto, esta obra deixa algumas reflexões iniciais a respeito de como o cinema pode, como uma linguagem que integra o imagético ao verbal, dialogar com o imaginário humano e, dessa forma, trazer de volta para a sala de aula o lúdico, o afetivo, o sonho, a arte, a alegria, a loucura, enfim, a possibilidade de se discutir a emancipação humana a partir das mais diversas dimensões do mundo com o qual interagimos.