Sobre este livro:
Sentimentos são a matéria prima da poesia. Não creio que se trate de fazer poesia a partir dos meus sentimentos ou dos que observo nas pessoas à minha volta. Trata-se de deixá-la acontecer.
Acontece que nem sempre somos capazes de compreender nossos sentimentos. A dualidade sentimento/razão em constante conflito no ser humano é muitas vezes a causa do desequilíbrio em que vivemos.
Todos querem paz, bem estar, serenidade, felicidade.
Escrever poesia tornou-se para mim uma forma de auto conhecimento, um caminho para buscar o equilíbrio necessário ao meu bem estar.
Sou o que sinto, e a poesia que faço me ajuda a entender quem sou.
Talvez ela possa ajudar outras pessoas a refletirem sobre si mesmas. Por isso a torno pública.
Um sacerdote certa vez me disse que sentimento não tem moral. Se estiver contente, é porque algo ou alguém me fez ficar contente. Se tenho raiva, idem. Portanto, não devo me sentir culpado pela alegria, raiva, tristeza, etc.
O que vou fazer com esses sentimentos sim, é problema meu e afeta meu semelhante para melhor ou para pior. É a maneira como reajo ao que me cerca é que me define como pessoa.
Durante muito tempo tive a solidão como inimiga. Tornou-se amiga e parceira para escrever...